Táctica do Bloco: faz campanha sobre "causas" (aborto, retirada da GNR do Iraque, moralização da vida política). Os media adoram, a mensagem passa para a opinião pública, mostram-se fortes, decididos, diferentes e irreverentes. Causam simpatia entre quem quer algo de novo. Crescem eleitoralmente.
O problema é quando se lê o programa eleitoral do Bloco ou as suas "Teses Políticas". Nomeadamente na área económica. 90% dos que votaram Bloco nas últimas eleições não devem conhecer as suas políticas económicas. Querem saber o que eles defendem?
Defendem uma "presença estratégica determinante" do sector público, "invertendo as privatizações" nas seguintes áreas: energia, água, transportes, comunicações, sectores financeiro e segurador!
Já li e reli os textos disponíveis no site do Bloco. E não encontrei nada que me fizesse pensar o contrário disto: inverter privatizações significa renacionalizar; querem renacionalizar empresas como Bancos, companhias de seguros, Portugal Telecom, CTT, Galp, etc, etc, etc. Por favor, alguém me diga (e prove) que eu interpretei mal.
É que isto é só um novo 11 de Março. É só o contrário de toda a tendência mundial. É só a melhor receita para a confiança dos agentes económicos cair a pique. É só o melhor meio para afugentar o investimento estrangeiro.
Disto não fala o Bloco. Fala de causas isoladas. Esconde as políticas de base. Deus nos livre de chegar ao poder...
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