Selecção minha:
Na moção que levei ao último congresso do PSD, deixei claro que o objectivo fundamental da retoma sustentada do crescimento económico reclamava, desde logo, três prioridades políticas imediatas: modernizar a justiça, reformar o Estado e a sua administração e recuperar as finanças públicas.[...]
Volto a insistir: as reformas prioritárias de que o país precisa, pela sua complexidade, exigem um acordo básico e essencial entre o maior número possível de agentes políticos.[...]
[...] ao rejeitar o entendimento global que o PSD propôs, o Governo do PS revela incerteza, indecisão e insegurança sobre as reformas mais importantes para o país. E quem, em Portugal, receia tais reformas, não deixará de se aproveitar disso.Sabemos que o país se habituou a ver no PS um defensor de pactos e entendimentos transpartidários, mesmo perante circunstâncias e problemas que os não exigiam. Agora que Portugal pede determinação na resolução dos problemas e um entendimento comum para o nosso futuro colectivo, o Governo opta pela rejeição. É o seu caminho. Um caminho assente numa lógica de intervenção solitária. Temo, porém, que, sob pretexto de fazer o seu próprio caminho, o Governo não esteja na realidade a fazer caminho nenhum.[...]