A não perder a edição (para breve) de cartas de António Lobo Antunes à sua mulher, quando estava ao serviço do exército português na guerra colonial. Provavelmente será uma óptima ajuda para melhor perceber a presença recorrente dessa guerra na sua obra.
Lobo Antunes é um dos escritores da minha adolescência e pós-adolescência, tanto nas obras de ficção como nas crónicas. Sempre teve uma visão ácida da nossa sociedade. Mas enquanto nas primeiras obras essa acidez se transformava em sarcasmo iconoclasta (imperdível a crónica sobre os portugueses da era cavaquista a descobrirem a maravilha dos passeios dominicais, em fato-de-treino verde e roxo, pelos shoppings que abriam como cogumelos), a partir dos anos 90 foi-se tornando numa acidez mais amargurada, sem esperança, deprimente. Para mim, começou a entrar nessa estrada após "A Ordem Natural das Coisas".
A ver vamos se volto a descobrir o prazer de o ler que tinha há uns anos.
4 comentários:
Mas o gajo bate um bocado mal daquela cachimónia...
Abraço da Zona Franca
Para dirigente do PSD o Fernando Bravo é um bocado ignorante. O Lobo Antunes ´mandatário não é o António escritor, mas o João cirurgião.
Alter Ego
Caro anónimo, onde é que eu disse que o António Lobo Antunes é mandatário do que quer que seja?! Nem sequer falei no assunto! O meu post é sobre a obra do escritor António Lobo Antunes, não tem nada a ver com política nem com João Lobo Antunes.
Se calhar sou ignorante, mas ao menos não tenho alucinações visuais e não leio coisas que não foram escritas...
Salve-se o elogio aos dirigentes do PSD: se "para dirigente do PSD" eu sou "um bocado ignorante", isso significa que considera que os dirigentes do meu partido não são ignorantes. Vá lá...
freddy, um bocado... Mas é um excelente escritor!
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