29.7.05

Ota & TGV

"Não sei como os suecos, os noruegueses e os dinamarqueses podem viver sem TGV e a Finlândia sobrevive a essa humilhação... Ignoro como a Irlanda se converteu no exemplo do progresso europeu sem um super-aeroporto nem um comboio ultra-rápido. (...)
Com obras permanentes nas auto-estradas, comboizinhos eléctricos vazios, para cima e para baixo, e estádios vazios para quem quiser brincar, Portugal vai ser um sonho!"
Joaquim Letria, 24 Horas, 28-07-05

5 comentários:

Unknown disse...

O Joaquim Letria está cada vez pior.
Faz comparações ridículas.
A Suécia ou a Finlândia são países pouco povoados e a Irlanda ou a Dinamarca países pequenos. A Dinamarca ainda por cima está cheia de ilhas.
Ainda me lembro que depois do 25 de Abril a esquerda comunista é que protestava contra auto-estradas e coisas deste tipo dizendo que eram só para os ricos e Portugal precisava doutras coisas.
Agora as opiniões inverteram-se e temos a direita a fazer de copy cat e a ganir contra tudo o que é gastar dinheiro em prol da comunidade.
Estou farto destas fitas. O Estado foi feito para gastar dinheiro e para investir.
Não gastar é fácil, qualquer atrasado mental o sabe fazer...

Anónimo disse...

Imagino que te estejas a afogar em euros, tal o nível intlectual!! Boa Raio

bravo disse...

Parece-me que o problema não é de Esquerda/Direita. Já vi mta gente de Esquerda a criticar a Ota e o TGV. O problema não é muito menos gastar dinheiro em prol da comunidade. O problema é, do dinheiro (escasso) que temos para gastar em prol da comunidade, quais devem ser as prioridades. Para mim o novo aeroporto da Ota e o TGV não são prioritários e vão ocupar 30% do investimento público até 2009. Depois, o facto do Ministro Lino dizer que a maior parte do investimento será depois de 2009 é, mais uma vez, uma fuga para a frente (depois se verá como se paga - nem que de 30% passe para 50 ou 60%). Além disso, o famoso efeito multiplicador do investimento público é, hoje em dia, muito menor que na época de Keynes. Concluindo, o Estado foi feito para gastar e investir, sem dúvida - mas de preferência respeitando as prioridades do país...

Unknown disse...

Eu não concordo com a OTA porque a OTA nunca será um aeroporto para servir Lisboa (serve quanto muito Fátima...) e também não concordo com uma linha de TGV para Madrid via Badajoz que transformará esta cidade na capital do Alentejo.
Mas discordo totalmente da forma como está a ser colocada a discussão dando prioridade à vertente financeira!
Já desafiei muito economista a darem-me um exemplo de um país que ultrapassou uma grave crise económica poupando. Nunca me deram nenhum exemplo!
A Grécia, por exemplo, já nos conseguiu ultrapassar... e como o fez? Aldrabando as contas, tendo deficits de 6 e 7% que eram escondidos apresentando ao Eurostat deficitezinhos inferiores a três por cento, construindo o aeroporto mais caro da Europa (o novo aeroporto de Atenas), fazendo os Jogos Olimpicos mais caros de sempre (custaram quase o triplo dos de Sidney), etc., etc.
Só me convencem que a politica de merceeiro actual é válida quando me apresentarem países onde essa política funcionou e quando me explicarem porque é que a Grécia fazendo tudo ao contrário nos ultrapassou e está quase a atingir a Espanha!
Quanto à Rita, só refiro que não abona nada o seu nível intelectual começar logo na ofensa...

bravo disse...

Credo, escrevi 3 vezes "depois" numa só frase. As minhas desculpas às Edite-Estrelas deste país.

Quanto ao défice, o problema são os efeitos a longo prazo de défices elevados. Se essesw efeitos não existissem, era uma maravliha! Mas a factura acaba por chegar. E quando chega, a economia está demasiado habituada a ter a despesa pública como motor para conseguir lidar com essa factura. Veja-se o que os anos Reagan/Bush (pai) fizeram à economia americana e como o plano Clinton para equilibrar o orçamento recolocou os EUA no bom caminho.