Narciso Miranda, presidente da Câmara de Matosinhos e administrador da Metro do Porto, quebrou ontem o silêncio a que se tinha remetido na polémica sobre as obras na Avenida da Boavista, no Porto, e na Rua de Roberto Ivens, em Matosinhos, que a empresa do metropolitano vai pagar, antecipando, assim, o investimento que terá que fazer quando, e se, avançar a construção da Linha Laranja. O autarca defendeu este procedimento, considerou que aquilo que se tem estado a discutir é "uma ficção" e atribuiu a polémica ao clima de guerrilha pré-eleitoral.
"Quando, em 31 de Julho de 2003, o Conselho de Ministros tomou a decisão de fazer avançar os estudos para a concessão do canal da Boavista ao metro, ninguém contestou, porque ainda não havia guerrilha e se estava mais próximo de um grau de seriedade no debate político", disse Narciso na reunião pública do executivo municipal matosinhense. "De certeza que esta decisão não foi tomada para que ali se plantasse batatas ou para que o corredor servisse para autocarros", ironizou ainda o edil, recordando que os protocolos estabelecidos com as autarquias seguem todos as mesmas regras: o metro paga as obras que resultem da instalação de linhas.
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