30.6.05
Os verdadeiros broncos machistas e nacionalistas
Julguei que isto não existia... Vejam o blog saadyroots e apreciem o verdadeiro Homo Broncus Lusitanus!
28.6.05
Citações
Descubra as diferenças
"Eu sou um neopolítico, um político não-tradicional." Carmona Rodrigues
"Eu sou a nova política. Digo o que penso e faço o que digo." Manuel Maria Carrilho
Descobri que sou subversivo!
"Se estivesse no poder repatriava todos os imigrantes, instituía a pena de morte para os traficantes de droga, mantinha a lei contra o aborto, incentivava a natalidade, a educação e a saúde eram gratuitas e tornava ilegais grupos subversivos como a Maçonaria, PCP, PS, PSD, BE, SOS Racismo, Opus Dei, Ilga e Opus Gay." Mário Machado, líder skinhead que integrou a manifestação em Lisboa contra a criminalidade
Serão parecidas?
"Carmonettes." Carmona Rodrigues, em resposta à pergunta sobre o que lhe sugeria a palavra Santanettes
"Eu sou um neopolítico, um político não-tradicional." Carmona Rodrigues
"Eu sou a nova política. Digo o que penso e faço o que digo." Manuel Maria Carrilho
Descobri que sou subversivo!
"Se estivesse no poder repatriava todos os imigrantes, instituía a pena de morte para os traficantes de droga, mantinha a lei contra o aborto, incentivava a natalidade, a educação e a saúde eram gratuitas e tornava ilegais grupos subversivos como a Maçonaria, PCP, PS, PSD, BE, SOS Racismo, Opus Dei, Ilga e Opus Gay." Mário Machado, líder skinhead que integrou a manifestação em Lisboa contra a criminalidade
Serão parecidas?
"Carmonettes." Carmona Rodrigues, em resposta à pergunta sobre o que lhe sugeria a palavra Santanettes
Cunhal
Deixei passar propositadamente algum tempo da morte de Álvaro Cunhal para escrever mais "a frio" sobre a mesma. Foi muito elogiado, por ser corajoso, coerente e sei lá que mais.
Eu concordo com a parte da coragem. Não devia ser nada fácil combater na clandestinidade a ditadura de Salazar e Caetano. Quem passou pelas prisões e, mais ainda, pela tortura do regime do Estado Novo, deve merecer o nosso reconhecimento. Era certamente preciso muita resistência, coragem e idealismo.
Mas não posso esquecer que o regime que Cunhal pretendia para Portugal era uma ditadura de tipo estalinista.
O Expresso recuperou, na sua última edição, uma entrevista dada por Cunhal à revista italiana "Europeo" no Verão Quente de 1975. Para Cunhal, as eleições que tinham havido para a Assembleia Constituinte "não têm qualquer importância, nenhuma mesmo". Assegurou que "em Portugal não haverá Parlamento". E rematou dizendo que "não existe hoje em Portugal a menor possibilidade de uma democracia como as da Europa Ocidental".
Portanto, honra ao seu passado de combatente antifascista. Mas não nos esqueçamos do que seria Portugal se Cunhal tivesse chegado ao poder. Nunca.
Eu concordo com a parte da coragem. Não devia ser nada fácil combater na clandestinidade a ditadura de Salazar e Caetano. Quem passou pelas prisões e, mais ainda, pela tortura do regime do Estado Novo, deve merecer o nosso reconhecimento. Era certamente preciso muita resistência, coragem e idealismo.
Mas não posso esquecer que o regime que Cunhal pretendia para Portugal era uma ditadura de tipo estalinista.
O Expresso recuperou, na sua última edição, uma entrevista dada por Cunhal à revista italiana "Europeo" no Verão Quente de 1975. Para Cunhal, as eleições que tinham havido para a Assembleia Constituinte "não têm qualquer importância, nenhuma mesmo". Assegurou que "em Portugal não haverá Parlamento". E rematou dizendo que "não existe hoje em Portugal a menor possibilidade de uma democracia como as da Europa Ocidental".
Portanto, honra ao seu passado de combatente antifascista. Mas não nos esqueçamos do que seria Portugal se Cunhal tivesse chegado ao poder. Nunca.
Honestidade e Humanismo
Na Câmara do Alandroal, o PCP retirou a confiança política ao Vereador Joaquim da Silva Fortes porque este aceitou integrar em regime de permanência um lugar no executivo socialista daquele município. E porque é que ele aceitou isso, a tão poucos meses das eleições? Porque assim consegue completar o pouco tempo que lhe falta para ter direito a uma reforma como autarca. Como disse o presidente da Câmara, o socialista João Nabais, "foi uma questão de humanismo, permitindo que [...] venha a reformar-se com dignidade".
Se para os socialistas isto é humanismo, o Eng. Guterres foi muito bem escolhido para Alto-Comissário para os Refugiados...
22.6.05
Cidade Surpreendente
A não perder, o blog Cidade Surpreendente com fotos fantásticas do Porto (da autoria de Carlos Romão).
Pinheiro? Poste? Não, antena!!
Na Rua das Tílias, em Ramalde, uma operadora de telemóveis instalou uma antena e tentou disfarçá-la de... pinheiro! A foto não é muito nítida, o pinheiro-antena surge em segundo plano (descansem, a árvore em primeiro plano é verdadeira...), mas é um poste de cimento e metal com uma folhagem artificial no topo. Quem vê de perto, nota logo que é artificial. Pior ainda é que nesse local havia um pinheiro verdadeiro e o dono do terreno disse aos vizinhos que ia substituí-lo "por razões de higiene" por um pinheiro artificial. Só se esqueceu de informar que esse pinheiro artificial era também uma antena... Veja a notícia completa clicando aqui.
21.6.05
O meu pai, o meu avô e o Médio Oriente livre
O meu pai estudou em Inglaterra, nos anos 60, tendo ficado convencido que a Democracia era o melhor sistema político. O meu avô paterno dizia que a Democracia era um sistema muito bonito mas que nunca teria condições para vingar em Portugal, por causa do atraso cultural, por causa do baixo nível de educação, por causa da postura típica dos políticos. Tinha assistido à Primeira República e à ingovernabilidade desse regime. Era-lhe difícil acreditar que Portugal pudesse algum dia ser uma Democracia estável.
E no entanto, Portugal é hoje uma Democracia. Imperfeita, melhorável, mas uma Democracia. E, salvo alguns idiotas, ninguém quer um regime ditatorial.
Serve isto para lembrar que há muita gente que duvida que o mundo islâmico possa algum dia ser democrático. Porque há a tradição do chefe tribal, porque a cultura política está pouco desenvolvida, porque a religião é maniqueísta e ajuda ao poder absoluto supostamente fundado na legitimidade divina.
Eu discordo. Penso que o sentimento de Liberdade, quando experimentado, se radica muito fundo no íntimo dos Homens. E gera habituação. Foi o que sucedeu no Japão depois da 2ª Guerra Mundial, nos países do Sul da Europa nos anos 70, no Leste europeu nos anos 80/90. Com avanços e retrocessos, o mundo nunca viu tantos países democráticos como hoje.
Os Estados Unidos têm feito uma enorme pressão no Médio Oriente no sentido da democratização. E têm conseguido alguns resultados. Houve eleições mais ou menos livres na Palestina, no Afeganistão, no Iraque, na Árabia Saudita, no Líbano.
Claro que vão haver retrocessos. Claro que ainda falta fazer muito (na Arábia Saudita as eleições foram só municipais e, mesmo assim, só foram eleitos metade dos autarcas, sendo a outra metade nomeada pelo Governo). O Ocidente tem de continuar a pressionar.
Por isso, foi de uma enorme importância o discurso de Condoleeza Rice no Egipto, que passou quase despercebido em Portugal. Exortou as autoridades do Egipto a empreenderem reformas democráticas e apelou a que as eleições presidenciais agendadas para Setembro, as primeiras na História do Egipto com vários candidatos, sejam verdadeiramente livres.
"Aspiramos a que o povo egípcio desempenhe uma função primordial ao dirigir as reformas nesta região", disse Rice. Isto é, reafirmou o papel do povo (e não apenas dos governantes) no processo democrático e subtilmente relembrou que as reformas democráticas num país tantas vezes facilitam as reformas democráticas em toda a região do globo em que tal país se insere.
A seguir afirmou que os iranianos também querem e merecem a Liberdade. E advertiu a Síria sobre a necessidade de "tomar a sério" as "mudanças" e as "reformas democráticas" no Médio Oriente.
A Esquerda portuguesa (sobretudo o Bloco) previu um desastre nos processos eleitorais afegão e iraquiano, acusando os EUA de quererem democratizar à força, o que, inevitavelmente, resultaria num falhanço. A verdade é que vimos esses processos serem bem sucedidos e vemos que a pressão diplomática (e económica) sobre os países islâmicos no sentido da democratização tem tido os seus efeitos.
Repito que há ainda um longo e difícil caminho a percorrer até chegar ao Médio Oriente democrático.
E no entanto, Portugal é hoje uma Democracia. Imperfeita, melhorável, mas uma Democracia. E, salvo alguns idiotas, ninguém quer um regime ditatorial.
Serve isto para lembrar que há muita gente que duvida que o mundo islâmico possa algum dia ser democrático. Porque há a tradição do chefe tribal, porque a cultura política está pouco desenvolvida, porque a religião é maniqueísta e ajuda ao poder absoluto supostamente fundado na legitimidade divina.
Eu discordo. Penso que o sentimento de Liberdade, quando experimentado, se radica muito fundo no íntimo dos Homens. E gera habituação. Foi o que sucedeu no Japão depois da 2ª Guerra Mundial, nos países do Sul da Europa nos anos 70, no Leste europeu nos anos 80/90. Com avanços e retrocessos, o mundo nunca viu tantos países democráticos como hoje.
Os Estados Unidos têm feito uma enorme pressão no Médio Oriente no sentido da democratização. E têm conseguido alguns resultados. Houve eleições mais ou menos livres na Palestina, no Afeganistão, no Iraque, na Árabia Saudita, no Líbano.
Claro que vão haver retrocessos. Claro que ainda falta fazer muito (na Arábia Saudita as eleições foram só municipais e, mesmo assim, só foram eleitos metade dos autarcas, sendo a outra metade nomeada pelo Governo). O Ocidente tem de continuar a pressionar.
Por isso, foi de uma enorme importância o discurso de Condoleeza Rice no Egipto, que passou quase despercebido em Portugal. Exortou as autoridades do Egipto a empreenderem reformas democráticas e apelou a que as eleições presidenciais agendadas para Setembro, as primeiras na História do Egipto com vários candidatos, sejam verdadeiramente livres.
"Aspiramos a que o povo egípcio desempenhe uma função primordial ao dirigir as reformas nesta região", disse Rice. Isto é, reafirmou o papel do povo (e não apenas dos governantes) no processo democrático e subtilmente relembrou que as reformas democráticas num país tantas vezes facilitam as reformas democráticas em toda a região do globo em que tal país se insere.
A seguir afirmou que os iranianos também querem e merecem a Liberdade. E advertiu a Síria sobre a necessidade de "tomar a sério" as "mudanças" e as "reformas democráticas" no Médio Oriente.
A Esquerda portuguesa (sobretudo o Bloco) previu um desastre nos processos eleitorais afegão e iraquiano, acusando os EUA de quererem democratizar à força, o que, inevitavelmente, resultaria num falhanço. A verdade é que vimos esses processos serem bem sucedidos e vemos que a pressão diplomática (e económica) sobre os países islâmicos no sentido da democratização tem tido os seus efeitos.
Repito que há ainda um longo e difícil caminho a percorrer até chegar ao Médio Oriente democrático.
Mas, como disse Gandhi no auge da luta pela independência da Índia, "quando desespero, recordo a mim próprio que, ao longo da História, a Liberdade acabou sempre por triunfar."
Metro na Av. da Boavista - Narciso Miranda
Narciso Miranda, presidente da Câmara de Matosinhos e administrador da Metro do Porto, quebrou ontem o silêncio a que se tinha remetido na polémica sobre as obras na Avenida da Boavista, no Porto, e na Rua de Roberto Ivens, em Matosinhos, que a empresa do metropolitano vai pagar, antecipando, assim, o investimento que terá que fazer quando, e se, avançar a construção da Linha Laranja. O autarca defendeu este procedimento, considerou que aquilo que se tem estado a discutir é "uma ficção" e atribuiu a polémica ao clima de guerrilha pré-eleitoral.
"Quando, em 31 de Julho de 2003, o Conselho de Ministros tomou a decisão de fazer avançar os estudos para a concessão do canal da Boavista ao metro, ninguém contestou, porque ainda não havia guerrilha e se estava mais próximo de um grau de seriedade no debate político", disse Narciso na reunião pública do executivo municipal matosinhense. "De certeza que esta decisão não foi tomada para que ali se plantasse batatas ou para que o corredor servisse para autocarros", ironizou ainda o edil, recordando que os protocolos estabelecidos com as autarquias seguem todos as mesmas regras: o metro paga as obras que resultem da instalação de linhas.
"Quando, em 31 de Julho de 2003, o Conselho de Ministros tomou a decisão de fazer avançar os estudos para a concessão do canal da Boavista ao metro, ninguém contestou, porque ainda não havia guerrilha e se estava mais próximo de um grau de seriedade no debate político", disse Narciso na reunião pública do executivo municipal matosinhense. "De certeza que esta decisão não foi tomada para que ali se plantasse batatas ou para que o corredor servisse para autocarros", ironizou ainda o edil, recordando que os protocolos estabelecidos com as autarquias seguem todos as mesmas regras: o metro paga as obras que resultem da instalação de linhas.
Crónica RAP
A não perder a carta-aberta de Ricardo Araújo Pereira aos "bandidos" do arrastão de Carcavelos. Clique aqui para ler na íntegra (com agradecimentos ao blog Zona Franca).
16.6.05
"Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso"
Eugénio de Andrade
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso"
Eugénio de Andrade
Metro na Av. Boavista - alguns mitos
1. A ideia foi de Rui Rio - errado: a ideia vem desde os primeiros tempos do Metro do Porto (Câmara e Governo PS), o projecto foi da Comissão Executiva do Metro e, segundo o seu presidente (Prof. Oliveira Marques), até "custou muito a convencer o Dr. Rui Rio";
2. Não serve para nada - errado: tem uma procura estimada em 600.000 passageiros/mês, abrange zonas do Porto em crescimento demográfico (Matosinhos Sul, Ramalde, Lordelo), vai ser muito utilizada por turistas (é uma zona de hotéis e permite a sua ligação a outras zonas da cidade e ao aeroporto), vai permitir a requalificação urbana da Avenida (que hoje é uma manta de retalhos) e é o alicerce de uma futura via nascente/poente Castelo do Queijo/Gondomar (neste momento as linhas são sobretudo Norte/Sul);
3. Diminui o nº de árvores - errado: o nº de árvores vai aumentar de cerca de 400 para cerca de 600;
4. Vai complicar os cruzamentos na Boavista - errado: com soluções semelhantes à linha de Matosinhos/Sra. da Hora e à Avenida da Liberdade em Lisboa, os cruzamentos não se vão tornar mais complicados; foram feitos estudos para a criação de rotundas ou desnivelamentos, mas foram considerados pelos técnicos como desvantajosos;
5. Era preferível ser uma linha subterrânea - errado: se fosse subterrânea custaria 3 vezes mais e não traria mais-valias (veja-se a linha de Matosinhos/Trindade);
6. Uma linha subterrânea seria mais segura - errado: a mesma polémica surgiu em relação à linha de Matosinhos/Trindade, em que muitos previram desastres, mortes, etc., o que se veio a verificar ser infundado.
2. Não serve para nada - errado: tem uma procura estimada em 600.000 passageiros/mês, abrange zonas do Porto em crescimento demográfico (Matosinhos Sul, Ramalde, Lordelo), vai ser muito utilizada por turistas (é uma zona de hotéis e permite a sua ligação a outras zonas da cidade e ao aeroporto), vai permitir a requalificação urbana da Avenida (que hoje é uma manta de retalhos) e é o alicerce de uma futura via nascente/poente Castelo do Queijo/Gondomar (neste momento as linhas são sobretudo Norte/Sul);
3. Diminui o nº de árvores - errado: o nº de árvores vai aumentar de cerca de 400 para cerca de 600;
4. Vai complicar os cruzamentos na Boavista - errado: com soluções semelhantes à linha de Matosinhos/Sra. da Hora e à Avenida da Liberdade em Lisboa, os cruzamentos não se vão tornar mais complicados; foram feitos estudos para a criação de rotundas ou desnivelamentos, mas foram considerados pelos técnicos como desvantajosos;
5. Era preferível ser uma linha subterrânea - errado: se fosse subterrânea custaria 3 vezes mais e não traria mais-valias (veja-se a linha de Matosinhos/Trindade);
6. Uma linha subterrânea seria mais segura - errado: a mesma polémica surgiu em relação à linha de Matosinhos/Trindade, em que muitos previram desastres, mortes, etc., o que se veio a verificar ser infundado.
Por algum motivo votaram nela...
"Eu conheço as pessoas de Felgueiras, são os maiores nabos que eu conheço no mundo."
Fátima Felgueiras, escutada no processo do saco azul, in O Independente, 3/6/2005
Fátima Felgueiras, escutada no processo do saco azul, in O Independente, 3/6/2005
1.6.05
Garantir a disciplina
Uma criança chinesa vestida com um uniforme militar espera a sua vez de entrar em cena numa cerimónia que comemora o Dia Mundial da Criança na Cidade Proibida, em Pequim. As autoridades chinesas aproveitam as férias nesta altura do ano para mostrar às crianças os seus programas na esperança de garantir um “desenvolvimento correcto” da juventude. Foto: Elizabeth Dalziel/AP (retirada do Público online)
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