Serei o único a achar que os jornalistas não fazem perguntas verdadeiramente difíceis, daquelas de entalar, a Teixeira dos Santos e a Sócrates?
Que alguém os devia obrigar a deixar de pôr as culpas nos mercados, nas agências de rating, no mundo-que-mudou-em-15-dias, na Grécia, na Irlanda, na Espanha, em Wall Street e no diabo a quatro?
Que deviam indignar-se quando os socialistas apelam ao sentido de responsabilidade da Oposição, quando eles são os mais irresponsáveis?
Que deviam perguntar porque falharam o PEC I e o PEC II, sendo nós o único país europeu em dificuldades financeiras a ver crescer a despesa, incluindo a corrente e mesmo não contando com os juros da dívida?
Que deviam perguntar incisivamente porque devemos acreditar que desta vez é que é, que desta vez é que vão controlar as contas públicas?
Serei o único a achar isto?
Ou sentem-se todos intimidados? O caso Manuela Moura Guedes terá sido, afinal, um aviso? "Quem se mete com o PS, leva"? É isso?